No mesmo
passo dos outros reinos encantados do mundo da bola no Brasil, o Nordeste
começa a definir seu possível novo rei com a abertura dos confrontos das
quartas de final da Copa do Nordeste a partir desta quarta-feira. Oito clubes
na briga e situações financeiras adversas. O perrengue nas despesas de alguns
jogos têm deixado a gaveta do caixa dos clubes entreaberta. Que o diga a dupla
Ba-Vi. Até chegarem a esta nova fase aos confrontos contra Campinense, a partir
das 22h, em João Pessoa, e América-RN, a partir das 21h30, em Natal,
respectivamente, Bahia e Vitória acumularam saldo negativo como mandante na
fase de grupos: R$ 212.354,86 somados. Se não fosse o consórcio que opera a
Fonte Nova, que arca com as despesas, os tricolores teriam uma baque nas suas
contas. O Bahia recebe R$ 9 milhões por ano para mandar jogos na Arena e
não tem prejuízos. Outros quatro clubes também não tiveram lucro nas
bilheterias do Nordestão: Piauí, Serrano-BA, Globo FC e América-RN
Na contramão, o Fortaleza chega à reta final com o caixa reforçado (R$
422.877,83 líquidos embolsados) e dono de média expressiva de 16.906 torcedores
por partida. O fator casa nunca fez tanta diferença para o Leão do Pici, que
chega embalado pela massa para o duelo com o Sport, a partir das 22h, no
Castelão.
Ranking das médias de público pagante no Nordestão e das rendas das partidas na primeira fase
A relação entre público e renda diz muito sobre os
clubes no Nordestão, que pela primeira vez na história conta com representantes
de todos os estados da região. A força das arquibancadas se refletiu em gás
financeiro na virada para a segunda fase. Fortaleza e Ceará lideram o ranking
de torcidas e receitas de bilheteria. De acordo com os boletins informativos da
CBF, o Ceará disparou na ponta nos quesitos. Levando-se em conta os descontos
com gastos de estádio e deduções com a Justiça do Trabalho, o Vozão lucrou R$
547.805,74, maior valor entre todos os clubes.
Se para alguns o Nordestão arrasta multidões, o
campeonato teve partidas que não despertaram tanta atenção dos torcedores.
Socorrense e Sampaio, pela segunda rodada, teve o menor público pagante até o
momento. Apenas 27 pagaram para assistir ao empate em 2 a 2, na cidade de
Itabaiana, em Sergipe. O baixo público arrecadou somente R$ 540 nas
bilheterias. Eliminados com uma rodada de antecedência, River-PI e Botafogo-PB
quase igualam a marca nada gloriosa: levaram 91 torcedores na despedida de
ambos na última rodada do grupo.
Torcida do Fortaleza é responsável pela maior média de público do
Nordestão: 16.906 (Foto: Bruno Gomes/Agência Diário)
FONTE: globoesporte.com
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