A interdição do Estádio Nogueirão, em Mossoró, gerou outro problema para o planejamento do Baraúnas de disputar o Campeonato Potiguar 2017. Nesta terça-feira, a direção do Leão do Oeste anunciou o fim da parceria com a empresa LM03 Sports, que estava cuidando do futebol e da montagem do elenco tricolor para o próximo ano. Ao GloboEsporte.com, o vice-presidente do Leão, Gilson Cardoso, lamentou que o impasse com o fechamento da principal praça esportiva mossoroense tenha provocado a ruptura do contrato com o grupo paulista.
- Infelizmente, nós finalizamos a parceria com a empresa LM03 Sports. O que está dificultando para o nosso clube disputar o estadual é a questão do estádio. O Nogueirão está interditado e esse foi o principal motivo para a ruptura do contrato - contou Cardoso.
Apesar da Federação Norte-rio-grandense de Futebol ter firmado um acordo com Liga Assuense de Desportos para que os clubes de Mossoró possam disputar o estadual no Estádio Edgarzão, Gilson Cardoso considera que a medida ainda é vista com receio pelo dirigentes tricolores. O vice-presidente do Baraúnas cita o fato de que a média de público do clube no campeonato deste ano, atuando no Nogueirão, foi muito baixa. As causas estão ligadas à limitação de público com os bloqueios nas arquibancadas do estádio e à campanha irregular da equipe no torneio. Se entrar em campo em 2017, o Leão vai precisar destinar uma parte do orçamento para as viagens e hospedagens dos jogadores, o que se torna inviável diante da situação econômica do clube.
- Nós não estávamos conseguindo levar 500 torcedores para o Nogueirão no campeonato deste ano, imagine se formos jogar em Assú. É um gasto muito grande que nós teremos com viagens e hospedagens, porque mesmo atuando como mandantes, não jogaremos na nossa casa - lamentou.
Para não se licenciar do Campeonato Potiguar, a esperança do Baraúnas está em uma reunião, marcada para a próxima segunda-feira, com outro grupo de empresários, formado por alguns abnegados de Mossoró e outras pessoas da região Nordeste. A intenção é conseguir um patrocínio capaz de estruturar o clube para o estadual 2017. Caso não haja sucesso no encontro, o Leão deve pendurar as chuteiras e abandonar a competição do próximo ano.
- Nos reunimos ontem (segunda-feira) com outro grupo de empresários para realizar uma parceria. Se esse grupo fechar conosco, nós iremos disputar o estadual. Se não tivermos sucesso, nós vamos apresentar o licenciamento. Não é pensamento dos dirigentes, mas, se não tivermos uma posição concreta, nós sairemos da disputa. Acredito que teremos essa definição até a próxima segunda-feira. Se o Baraúnas não conseguir participar do estadual, a culpa vai ser por conta da falta do Estádio Nogueirão - completou.
Confira a nota do Baraúnas:
A Associação Cultural Esporte Clube Baraúnas vem por meio desta nota comunicar que não seguirá mais a parceria com a empresa LM03 Sports para disputa do Campeonato Estadual 2017. A parceria que tinha sido firmada há um mês entre a diretoria e o empresário Luciano Martins, com objetivo de fornecer jogadores para disputa do campeonato, infelizmente acabou sendo interrompida.
O motivo do rompimento do contrato deu-se em virtude de novas oportunidades de Luciano Martins no mercado europeu. Por este motivo, o empresário e sua empresa optaram em realizar novos investimentos no mercado internacional. O Baraúnas agradece a Luciano Martins e a LM03 Sports por todos os serviços prestados ao clube neste ano. Queremos dizer ainda que sempre estaremos de portas abertas para receber jogadores da LM03 Sports e prontos para novas parcerias futuras.
Com essa desistência, a diretoria já está agindo em busca de novas alternativas para montar seu planejamento para o estadual. Reiteramos ainda nossa cobrança em relação do município com a liberação do estádio Manoel Leonardo Nogueira, que ainda continua interditado por conta da intervenção do Corpo de Bombeiros.
Reforçamos ainda que caso o estádio Nogueirão não seja liberado para o estadual, iremos estudar a possibilidade pedir o licenciamento do campeonato, tendo em vista que iríamos ter prejuízo enorme em relação as receita das bilheterias, uma vez que as despesas aumentariam tendo que mandar os jogos em outro local.
Fonte: globoesporte.com/rn
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