Campinense e Baraúnas fizeram um jogo corrido, de
muita marcação, com expulsão de ídolo e que terminou sob forte tensão: Maxuel,
atleta do Baraúnas, passou mal em campo, no fim da partida, sofreu convulsões e
precisou sair do Estádio Amigão direto para um hospital de Campina Grande,
deixando todos apreensivos. No placar, 2 a 1 para o Campinense, que agora é o
líder do Grupo A3 da Série D do Campeonato Brasileiro. O Baraúnas, com a
derrota, caiu para a terceira colocação.
O time potiguar saiu na frente, logo aos nove
minutos do primeiro tempo, com Fabinho Cambalhota. A virada dos donos da casa
só veio no segundo tempo, com Warley desencantando e Charles Vágner fazendo o
segundo. Com a vitória, o Rubro-Negro chegou aos sete pontos e assumiu a ponta
do Grupo A3. O segundo colocado é o Horizonte, que empatou fora de casa com o
Petrolina, por 2 a 2, e chegou aos seis pontos. O Baraúnas permaneceu com cinco
e caiu para terceiro. O Ypiranga aparece em seguida, com quatro, e o Petrolina
é o lanterna, com três.
Na próxima rodada, confronto de
líderes do Grupo A3: o Campinense recebe o Horizonte no Estádio Amigão, em
Campina Grande. Já o Baraúnas vai a Pernambuco, encarar o Ypiranga no Estádio
Otávio Limeira. As duas partidas acontecem às 16h do próximo domingo. O
Petrolina folga na rodada.
Primeiro tempo fraco e 1 a 0 para os visitantes
Nos primeiros 45 minutos, os dois times mostraram
um futebol de baixo nível técnico. O Campinense, aparentemente ainda tentando
se acertar com o novo esquema e com as mudanças promovidas pelo técnico Freitas
Nascimento, não conseguiu levar perigo ao gol de Érico. E o Baraúnas passou a
maior parte do tempo tentando segurar o 1 a 0 conseguido logo aos nove minutos
de jogo.
O Rubro-Negro paraibano até teve mais posse de
bola, mas tentava articular as jogadas de ataque e se perdia no aparente
desentrosamento do time ou na dificuldade de assimilação do esquema 3-5-2.
Charles Vágner, Anderson Paulista e Nino Paraíba eram os principais nomes na
articulação do time, mas a bola não conseguia chegar redonda aos atacantes
Warley e Potita.
A primeira jogada de perigo de jogo já resultou
no gol do Baraúnas, aos nove minutos. Fabinho Cambalhota recebeu passe da
esquerda e soltou a perna contra o gol de Pantera, que ainda tentou espalmar,
mas não conseguiu. A bola acabou indo morrer no fundo da rede.
Depois disso, o Baraúnas até cresceu no jogo, mas
o Campinense conseguiu retomar o domínio de posse de bola e, ao menos nesse
quesito, foi superior. Mas o Rubro-Negro não conseguiu furar a retranca armada
pelo time potiguar, que manteve a vantagem de 1 a 0 até o final da primeira
etapa.
A Raposa voltou para o segundo tempo com duas
alterações. Freitas Nascimento tirou Madson e Luciano Thandera e mandou a campo
Adriano Felício e Renatinho. As mudanças deram mais força ao Campinense, que
continuou com mais posse de bola e chegando com mais perigo ao gol do Baraúnas.
Mas a retranca só foi quebrada definitivamente
aos 12 minutos. E numa penalidade máxima. Warley recebeu cruzamento e quando
subiu para cabecear foi deslocado por Róbson Lima. O árbitro baiano John Alves
Bispo marcou pênalti. O próprio Warley foi para a cobrança e tocou bem, no
canto direito de Érico, que caiu no esquerdo. Era o empate da Raposa.
O Campinense ainda chegou com perigo em cobrança
de falta de Renatinho Carioca. E o Baraúnas tentava chegar ao gol de Pantera
nos contra-ataques, mas sem muita eficiência. Os donos da casa eram melhores em
campo e traduziram essa superioridade aos 29 minutos, quando Charles Vágner
desviou de cabeça um cruzamento de Renatinho e virou o jogo.
Pouco antes dos 45 minutos, chegou ao Amigão a
informação que o Petrolina, que estava perdendo por 2 a 0 para o Horizonte,
havia empatado a partida. O resultado dava ao Campinense a liderança do grupo.
A torcida pediu desesperadamente o fim do jogo, mas ainda havia dois episódios
importantes a acontecer.
Aos 46, Warley, que já tinha recebeido cartão
amarelo no primeiro tempo, por reclamação, voltou a engrossar com o árbitro e
recebeu o vermelho. O atacante desfalca o time na próxima rodada. E aos 48,
Maxuel, que tinha entrado no Baraúnas durante a segunda etapa, caiu na área do
Campinense e deixou todos atônitos em campo. O jogador começou a sofrer
convulsões no gramado e uma ambulância entrou em campo para atender o jogador,
que foi levado direto para um hospital de Campina Grande.
Logo depois que o jogador foi retirado de campo,
a partida foi reiniciada, mas não havia mais tempo para nada. Aos 51 minutos, o
árbitro apontou o centro de campo e o Campinense se tornou o novo líder do
Grupo A3 da Série D do Brasileirão.
FONTE: Globo.com
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