A equipe do técnico Kleiton Lima não começou bem a partida. Mesmo experiente em Mundiais em com retrospecto amplamente favorável contra a Austrália, o time sentiu o nervosismo da estreia e não se encontrou nos 45 minutos iniciais. No entanto, cresceu na segunda etapa, abriu o placar rápido e assegurou os três pontos e manteve os 100% de aproveitamento em estreias na competição, mesmo voltando a errar muito e a sofrer pressão no fim do jogo.
Agora, com a sensação de dever cumprido na primeira partida, a equipe volta as atenções para a partida do próximo domingo, justamente contra a Noruega, às 13h15, em duelo que vai valer a liderança da chave. O SporTV e o GLOBOESPORTE.COM transmitem ao vivo. Uma vitória pode garantir a Seleção Brasileira na próxima fase da competição.
Quem olhasse rápido para a televisão nos primeiros lances de jogo, poderia facilmante se enganar e torcer para o time errado. Afinal, quem estava vestindo verde e amarelo, tocando a bola com velocidade e atacando mais não era o Brasil. Era a surpreendente Austrália, que chegou a ter duas cobranças de falta perigosas à meta de Andreia antes de o relógio marcar 10 minutos. De azul e ainda tímido, o Brasil tentou se soltar aos poucos. A primeira chance foi aos nove, quando Aline cruzou da esquerda, Rosana tentou de cabeça e quase surpreendeu a goleira Barbieri.
Brasil melhora, abre o placar, mas sofre até o fim
Mas tudo mudou na etapa final. Enfim, o Brasil jogou como Brasil, e aí, ficou difícil para a Austrália segurar. Logo aos nove minutos, Cristiane fez bela jogada, misturando raça e técnica, dando dois balões em defensoras australianas, e ajeitou para Rosana, que já havia perdido duas oportunidades na primeira etapa. Dessa vez, no entanto, ela não perdoou: chutou forte, de bate pronto, sem chances para Barbiere: 1 a 0. O gol fez a Austrália se mandar ao ataque e, com isso, abrir espaço para as chegadas em velocidade do Brasil. Aos 20 minutos, Marta teve boa chance para ampliar a vantagem brasuca, ao receber bom passe na direita, passar pela zagueira e chutar forte. Seis minutos depois, foi Cristiane quem arriscou de fora da área e deu trabalho à arqueira australiana.
O que era animador, no entanto, voltou a ser preocupante. O Brasil errava muito na saída de bola, como no primeiro tempo, e a equipe da Oceania voltou a gostar do jogo a partir dos 30 minutos. Aos 32, De Vanna arrancou bem pelo meio da defesa brasileira e chutou forte para fora. Cinco minutos depois, Butt fez grande lance pela esquerda e cruzou para a área, mas Garriock não conseguiu completar. De Vanna voltou a desperdiçar outra ótima oportunidade para empatar, aos 42, quando saiu frente a frente com Andreia, mas errou o toque por cobertura.
O único lampejo de talento do Brasil nestes minutos finais foi um pouco antes, aos 40, quando Cristiane deu lindo drible na defensora da Austrália e cruzou com perigo para a área, mas Rosana não conseguiu empurrar para as redes. O resultado, portanto, não se modificou: 1 a 0. O Brasil não convenceu, mas venceu, e o que importou ao fim dos 90 minutos foram os três pontos.