quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

NOVELA COLOMBIANA: PRESIDENTE DO ASSU EXPLICA DEMISSÃO DE TREINADOR


Assu Treino José Cortina (Foto: Divulgação)
O presidente do Assu, Leônidas Neto, decidiu falar sobre a demissão do técnico José Cortina. A saída do colombiano foi confirmada na sexta-feira. O relacionamento, que vinha desgastado por atitudes do comandante, estremeceu com as declarações do treinador após o empate com o Globo, no dia 5. 

- Nunca falei de classificar para a final. Isso é impossível. Quem faz um time campeão em dois meses? Não há apoio ao nosso time. Agora que chegamos a dois meses de trabalho. Sozinhos, porque ninguém está nos ajudando. Aqui não encontrei base - expôs Cortina, em tom de desabafo, depois de questionamento sobre a redução de chances de ir à decisão do primeiro turno.
Cortina chegou ao Assu em dezembro, graças a uma parceria firmada com empresa Asiscol Sports, fechada no fim de outubro. Segundo Leônidas, ao expor essa situação, de "forma distorcida", isso passou a incomodar os torcedores e a cidade do Assú. A pressão recaiu no presidente, que, em acordo com a diretoria, decidiu pela demissão.
- Havia uma instabilidade muito grande nessa relação do José Cortina com a diretoria. Eu sempre respeito toda e qualquer opinião, mesmo que seja diferente da minha. E ele não teve essa grandeza de aceitar essa diversidade de opiniões, de diretoria, torcida, gestão. Isso foi afunilando e ele não mostrou um equilíbrio necessário para que conduzisse o elenco e soubesse separar a diretoria e história do time do Assu com o trabalho que ele iria executar dentro de campo - declarou à Rádio Princesa do Vale. 


Na última quinta-feira, foi deflagrada uma greve dos jogadores do Camaleão. O motivo seria o atraso no pagamento dos salários. Estranhamente, foi o próprio treinador que comunicou ao diretor de transporte do clube, para a surpresa do presidente. O mandatário confirmou o débito, mas disse que "não era um atraso considerável".
- Como treinador, ele era para ter se reportado a mim para vermos como resolveríamos isso de forma pacífica. O atraso (salarial) não era substancial. Ainda estávamos no dia 9. Já tinha acontecido no mês de dezembro. A responsabilidade do pagamento é 100% dessa parceria (Asiscol), a qual ele veio inserido. Foi ele que comunicou ao diretor de transporte do clube que o time estava em greve. Ali foi o ponto que transbordou a minha paciência - completou Leônidas.

RN - Assu - técnico José Cortina - presidente Leônidas Neto (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)

O presidente do Assu revelou que também conversou com o empresário Juan de Dio, diretor da Asiscol, sobre o caso. Afinal, é dele o investimento principal na equipe este ano. Sobre a greve, Leônidas disse que tudo foi contornado depois de uma reunião com os atletas na manhã desta segunda-feira.


- Conversei com o empresário que é parte do contrato do time do Assu. Mostrei todos os pontos. Ele foi contra, mas avisei que ia demitir o treinador. Dentro de um processo de cordialidade, porque contratualmente não existe, daria o direito à parceria de indicar outro treinador, mas que fosse de acordo com a diretoria. Ele disse que estava vindo ao Brasil até o dia 17, e que eu aguardasse. Avisei que não poderia aguardar, disse que tenho muito respeito pelo contrato que fizemos, tenho-o como parceiro valoroso, mas reuniria o elenco e demitiria Cortina. Na frente dos jogadores, demiti o técnico. Depois, os jogadores queriam desistir da greve se eu restabelecesse Cortina no elenco. Agora, Cortina é passado para o Assu. Existem coisas que não precisam ser ditas sobre comportamento, sobre a forma de agir com determinadas pessoas, até mesmo com a imprensa. Eu quero passar uma borracha nisso tudo. Tive uma reunião muito boa com os jogadores, entramos em acordo, chegamos a um consenso. Com relação à parceria, tem um representante na cidade, e estamos conversando e vamos esperar a chegada de Juan - destacou.
Leônidas sempre frisou que os resultados não tiveram peso para a saída de Cortina. O Assu é o quarto colocado do primeiro turno, com nove pontos. Ainda tem chances matemáticas de chegar à final, mas precisa de uma combinação de resultados, que passa também pelo duelo entre Baraúnas e América-RN, nesta quarta-feira, em jogo atrasado da sexta rodada. De acordo com o presidente, é só após esta definição que a diretoria pretende anunciar um novo comandante. Enquanto isso, o auxiliar Damião Oliveira assume interinamente. O clube não teme pelo fim da parceria.
- Falei para Damião que vamos trabalhar passo a passo. Temos que pensar primeiramente no América, ver o condicionamento físico dos jogadores e saber se teremos chances de ir à final. Depois, a gente vai sentar e fazer um planejamento para o segundo turno. (Sobre a parceria) Temos que trabalhar sempre com o plano A e o plano B. Nas poucas conversas que tenho com ele (Juan de Dio), que é muito ocupado, ele disse que tudo que acertou comigo vai ser mantido até o fim do campeonato - contou.


Fonte: globoesporte.com/rn


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