segunda-feira, 19 de maio de 2014

RODRIGO PIMPÃO REVELA AS SUAS AVENTURAS

O atacante Rodrigo Pimpão, do América, autor do gol da vitória de ontem contra a portuguesa é um jogador experiente, rodado, que já passou por vários clubes do Brasil e do exterior. Por isso, assim como todos que se aventuram em outros países, ele tem muita história para contar, nesses quase 10 anos de carreira. A história dele no futebol é diferente: começou no futsal, defendendo o Thalia, em Curitiba, no ano de 2007. Foi quando chamou a atenção do Paraná e de lá, foi para o clube, onde se sagrou campeão sub-20 estadual, pela equipe paranista. Mostrando habilidade nas quadras, no ano seguinte foi chamado para integrar a equipe de futebol profissional do clube. Sem conseguir repetir, no campo, as boas atuações na quadra, acabou ficando no banco de reservas durante quase toda a temporada de 2008.
Junior Santos
Rodrigo Pimpão esteve próximo de levar um calote fora do País 
Rodrigo Pimpão esteve próximo de levar um calote fora do País

No final da série A daquele ano, conseguiu ter uma sequência de jogos, se destacando e chamando a atenção do Vasco da Gama, para a disputa da temporada 2009, por indicação do técnico Dorival Júnior. “O Dorival é um grande treinador, que sabe ganhar o grupo, tem dedicação e conversa com os jogadores. Um dos melhores que já trabalhei”, recorda. Começou bem, se destacou no Vasco, jogando 28 partidas seguidas, até se contundir logo no começo da série B de 2009, ficando o restante da temporada longe da equipe titular. “Tudo que ficou combinado, eles me pagaram, sem ficar devendo nada. Disso não posso reclamar”, revela. Na passagem pelo Vasco, que iniciava a era Roberto Dinamite como presidente, a figura do ex-presidente vascaíno, Eurico Miranda, ainda era muito presente. “Sempre que Eurico chegava no Vasco, tinha uns oito seguranças com ele, sempre fumando o charuto”, recorda. Sem espaço na equipe carioca, começou a sua peregrinação por outros clubes. De 2010 até agora, já foram oito clubes, em três países diferentes e muitas histórias para contar. Depois de um breve retorno ao Paraná, seguiu para o Japão, na tentativa de conseguir uma instabilidade profissional e financeira, que ainda não tinha alcançado no Brasil. Em uma temporada na terra do Sol Nascente, defendeu o Cerezo Osaka e o Oiyma Ardija. Somando os dois clubes, fez 48 jogos e marcou 23 gols. E foi treinado por Levir Culpi, atualmente técnico do Atlético/MG. Mas, o que marcou mesmo o atleta, foi o desastre do tsunami que assolou o Japão em 2011. “Nunca tinha vivido uma situação como aquela. E olhe que a cidade que eu morava, Osaka, era distante do centro do tsunami, uns 800 quilômetros e, mesmo assim, a terra tremeu por uns 20 segundos. Foi tenso, todo mundo preocupado. Quando o susto passou, as pessoas das outras cidades mais atingidas acabaram indo para Osaka. Aí, começou a faltar as coisas, água para beber. Tive que tomar água da torneira. Foi complicado”, relembra. Mesmo com as dificuldades passadas, Pimpão é só elogios ao Japão. “É o melhor lugar que tem para se viver. Passei um ano lá e deu para aprender a me comunicar. Lá a pessoa tem tudo que precisa, o país funciona. Só sentia falta de um bom feijão e arroz”, brinca.

Fonte: Tribuna do Norte / blog tatutomsports

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