O anúncio de Dunga
como novo técnico da Seleção Brasileira movimentou o cenário
futebolístico nacional. A decepcionante campanha na Copa do Mundo
deste ano provocou uma drástica mudança na comissão técnica da entidade,
que já visa à formação de um novo grupo para
o Mundial na Rússia, daqui a quatro anos. As lembranças da
primeira passagem de Dunga pela seleção ainda estão na memória de
um conhecido jogador do futebol brasileiro. O meia Morais,
que
atualmente joga pelo América-RN, conta que guarda boas lembranças
do treinador, por quem foi convocado em duas oportunidades. Ele fez
parte da primeira lista de Dunga, no dia 1º de agosto de 2006, para o
amistoso contra a Noruega, em Oslo. Na época, era o destaque do Vasco,
com 22 anos, e integrou o projeto de reformulação da Seleção após a
demissão de Carlos Alberto Parreira, provocada pela eliminação nas
quartas de final da Copa da Alemanha.
Com 30 anos e passagens
por vários clubes brasileiros, o meia vê com bons olhos a volta de
Dunga ao comando do time canarinho e acredita que o perfil "durão" do treinador possa dar um novo rumo ao Brasil.
- Dunga sempre foi um
cara durão, não é à toa que era um volante que usava muito da jogada
dura e pegava forte em campo. O pouco tempo que trabalhei com ele e
com o Jorginho, dois profissionais extremamente competentes e que
fizeram um bom trabalho na Seleção, mostra o potencial deles - disse Morais.
Há oito anos, as boas
apresentações no Campeonato Brasileiro com a camisa do Vasco deram
a Morais a chance de vestir a camisa amarelinha pela primeira vez. O
meia recorda da felicidade que teve ao contar para os familiares que
defenderia a seleção brasileira.
- Fui lembrado pelo Dunga e
pelo Jorginho na época e foi um dia muito feliz na minha vida.
Estava no Vasco e foi o melhor momento que eu vivi na carreira. Tive
uma sequência muito boa no clube e acabei sendo lembrado para o
amistoso na Noruega e depois fui pré-convocado para a Copa América,
em 2007, mas acabei sendo cortado - lembra.
Agora, Morais está
afastado das atividades com bola no América-RN devido a uma séria
lesão no músculo reto anterior da coxa direita, sofrida na sua
estreia pelo Mecão contra o Bragantino, pela Série B deste ano.
Mesmo sem atuar, o jogador sonha em voltar a mostrar o mesmo futebol
que o levou à Seleção em 2006 e deseja a Dunga que o novo trabalho
possa ser concluído com o hexacampeonato mundial, em 2018.
A gente tem que
estar sempre sonhando. Quando se para de sonhar, você para de viver.
Com toda a humildade, vou procurar treinar, buscar o trabalho para as
coisas acontecerem, mas quero desejar tudo de bom para ele, até
porque é um cara que ganhou muito com a Seleção. Os números não mentem
e ele conquistou a Copa América e a Copa das Confederações. No
jogo em que foi eliminado, na Copa do Mundo, a seleção brasileira
estava fazendo um baita de um jogo, sem muitas estrelas em campo, mas
que tinha um time taticamente ajeitado. Eu desejo ao Dunga muita
sorte e que ele possa, através da experiência como jogador e também
como treinador, fazer um bom trabalho - concluiu.
FONTE: globoesporte.com/rn
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